Anemia Falciforme é tema de audiência pública

O evento reuniu representantes de associações ligadas ao setor da saúde pública e assistência social e também pessoas com o traço falciforme e portadores da doença.

A deputada estadual Delegada Adriana Accorsi promoveu nesta terça-feira, 20/10, audiência pública para discutir a doença falciforme, que causa vários tipos de anemia. O evento reuniu representantes de associações ligadas ao setor da saúde pública e assistência social e também pessoas com o traço falciforme e portadores da doença.

Adriana Accorsi apresentou dois projetos de lei, no dia 17/6, que versam sobre hemoglobinopatia “S” ou doença falciforme. No primeiro, Adriana propõe a instituição do programa de assistência integral às pessoas portadora da doença no Estado e autoriza o Poder Executivo a criá-lo. Já o segundo projeto é voltado para a realização anual da Semana Estadual de Conscientização da doença no período de 17 a 23 de junho.

De acordo com a deputada, a doença é grave e pouco conhecida, tanto que, se não for diagnosticada e tratada rapidamente, pode ocasionar a morte do indivíduo. “Nos portadores da doença falciforme, as hemácias, em vez de redondas, tomam a forma de meia lua ou foice. Essas células têm dificuldade de passar pelas veias que levam o sangue para os órgãos, causando entupimento e muitas dores”, frisa.

Participam do evento, a assessora parlamentar da deputada Adriana Accorsi, Sônia Ferreira; a coordenadora estadual de triagem neonatal da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado, Eliane Santos; a representante do Grupo de Mulheres Portadoras de Anemia Falciforme, Leidiane Ferreira da Costa; o coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme, Elvis Silva; o representante do Sindicato dos Assistentes Sociais de Goiás, Almir Rodrigues da Mata; e a subcoordenadora de Atenção à Saúde dos Povos Tradicionais da Secretaria Estadual de Saúde, Kátia Cecília.

A abertura do encontro foi marcada pela apresentação de um vídeo que homenageou uma jovem adolescente morta em decorrência da anemia falciforme.

Prevenção, Tratamento e Cura

A coordenadora do Programa de Triagem Neonatal da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Eliane Pereira Santos, esclarece que o teste do pezinho é fundamental no diagnóstico da anemia falciforme.

A importância do exame foi reforçada por Elvis Silva Magalhães, coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Deficiência Falciforme, que sofreu com anemia falciforme durante 38 anos. Há 10 anos ele foi curado com o transplante de medula óssea.

Experiência bem diferente enfrenta Leidiana Ferreira da Costa, representante do Grupo de Mulheres Portadoras de Anemia Falciforme. Ela sofre com a doença e denuncia a falta de médicos nos Cais, que não conhecem a doença e receitam remédios que não resolvem a dor do paciente. “Iniciativas iguais a esta, da Assembleia Legislativa, contribuem bastante para a conscientização sobre esse grave problema”, ressaltou.

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