COMBATE AO RACISMO

 APOIO AO MOVIMENTO NEGRO E NA LUTA PELO FIM DO RACISMO!

Manifestação do dia da Consciência Negra (20/11) – Praça Ramos – 1979

   O racismo é fundante na sociedade brasileira. Seus processos históricos de opressão e colonização varrem séculos a fio em nossa história. Está mais que na hora dessa grande ferida social ser denunciada e enfrentada. Denunciada pois grande parte da população brasileira prefere não ver ou ignorar situações de racismo em seu cotidiano, ou questões raciais estruturantes de nossa sociedade. A marginalização e desigualdade são consequência desse processo histórico.

  O enfrentamento se dá no debate, com quem quer escutar, se dá em denúncia, porque racismo é crime! Se dá com políticas públicas, porque o racismo é estrutural. A Delegada Adriana Accorsi vê a realidade da população negra no estado de goiás, há quantos jovens negros sem acesso a uma educação de qualidade ou ao primeiro emprego? Muitas são as demandas sociais e mais do que nunca, o chamado de hoje é o combate ao racismo.

  Racismo é crime! Racismo é coisa séria, problema a ser enfrentado! E nossa Delegada esteve ao longo desses anos enfrentando-o com a seriedade e garra que tal tarefa exige. Nossa Deputada solicitou ao Governo Estadual a criação da Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), para um atendimento eficiente à população que luta cotidianamente com essa opressão. Durante seu mandato também requeriu que 50% das vagas de estágio em Goiás fossem destinadas aos jovens negros, quilombolas e indígenas. A Delegada também chegou a apresentar um projeto de lei que inclui a especialidade de Saúde da população negra no Sistema Único de Saúde de nosso estado.

   De acordo com IBGE o Brasil é o pais com maior número de negros e negras fora do continente africano. Ainda sim, a população negra tem uma expectativa de vida menor que dos brancos, ainda sim, o povo negro não tem representatividade proporcional em casas de leis e assembleias, como a própria ALEGO, casa de lei de nossa Delegada. Mesma casa de lei onde Adriana Accorsi apresentou projeto de Lei prevendo a proibição de palavras de origem racista, com origem nas relações coloniais escravocratas.

  A Delegada Adriana Accorsi entende que temos a responsabilidade de envolvermos com movimentos negros em todos os lugares, o combate ao racismo não foi, não é e jamais será uma responsabilidade apenas dos negros, é uma luta de todas as instituições, porque são essas instituições que promovem a perpetuação e reprodução da desigualdade racial. Escolas, Universidades, Câmaras, Assembleias, Coletivos e associações. É preciso levar o enfrentamento aonde tiver racismo a ser enfrentado. 

  E foi com esse enfrentamento, ao lado de movimentos políticos da população negra e quilombola que a Delegada Adriana Accorsi recebeu homenagem com a Comenda Zumbi dos Palmares. Dado pelo seu trabalho ativo ao lado da população negra de Goiás. Ao todo, foram 10 homenageados e divididos por categorias que levam o nome de personalidades marcantes da cultura afro-brasileira, onde tive o prazer de receber o Troféu Semira Adamu. Isso não engrandece o ego, nem tanto faz nossa deputada esquecer de quem é ou de seu lugar. Esta comenda, esta homenagem não é pela pessoa, é pela postura de enfrentamento, é pela decisão como legisladora fazer cumprir a constituição, é pelo ouvir e caminhar junto dos movimentos sociais, esta homenagem é pela ideia, pela fala, pela denúncia e intolerância perante a intolerância.

  Para combater o racismo é preciso agir: falar sobre o assunto e promover ações que terminem com a histórica desigualdade racial brasileira. Para passar o racismo a limpo, é necessário que as ações afirmativas sejam mais do que apenas as cotas étnico-raciais nas universidades públicas. O objetivo constitucional de uma pátria livre, diversa, plural e justa, em que a dignidade de todas as pessoas seja respeitada pelo Estado e por todos, precisa de fato ser alcançado. Estamos sempre na luta contra o racismo que existe e persiste em Goiás, vamos trabalhar não só para que casos sejam punidos, mas que as estruturas desse ciclo sejam rompidas por meio de ações definitivamente eficazes que combatam a reprodução de qualquer ato que possa ferir a existência e a cidadania.