Reunião com delegadas e delegados discute padronização de atendimentos

Atendimento à crianças e adolescentes vítimas de violência

A deputada Adriana Accorsi promoveu reunião, no dia 20 de agosto, com delegadas e delegados que atuam na área de proteção a crianças e adolescentes, na Escola do Legislativo, para discutir a profissão e as condições de trabalho. A ideia é que, a partir das sugestões, ela possa colaborar com a apresentação de projetos de lei, requerimentos, ou até mesmo com pedidos ao Poder Executivo.

Sensível aos casos de violência contra crianças e adolescentes, Adriana quis ouvir dos delegados sugestões que possam colaborar na padronização dos atendimentos às vítimas. Na ocasião, o delegado de Porangatu, André Medeiros, falou da importância de se criar um protocolo de conduta em relação as vítimas e familiares e colocá-lo em prática.

Muitos se posicionaram no sentido de conscientizar as crianças sobre o que é violência e abuso sexual, pois, por não terem conhecimento, veem a violência com naturalidade e não conseguem caracterizá-la. Neste sentido, foi dada a sugestão de fazer uma cartilha lúdica direcionada às crianças para orientá-las sobre os crimes.

A falta de qualificação dos conselheiros tutelares também é uma das preocupações dos policiais. Eles esclarecem que a atuação na defesa das crianças e adolescentes influencia diretamente no trabalho de investigação. Segundo eles, é comum os conselheiros não terem habilidade para tratar o problema, desconhecerem o teor do Estatuto da Criança e do Adolescente e ainda negligenciarem a questão, com a errônea afirmação de que se não houve a consumação de abuso sexual, não há crime.

Na oportunidade, Adriana Accorsi enfatizou a importância da capacitação dos novos conselheiros tutelares, que serão eleitos em outubro desse ano, bem como dos professores das redes pública e privada de ensino, que atuam na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, pois, muitas vezes, são as primeiras a perceber algo errado com as crianças. 

Também foi levantada a necessidade de capacitação dos profissionais dos Institutos Médicos Legais, em especial no interior, para que façam um atendimento responsável e humanizado. Os policiais alertaram que, na maioria dos municípios do Estado, as redes de atendimento às crianças e aos adolescentes não funcionam.

A delegada Fabiana Mancuso sugeriu que a formação seja feita por meio do Programa Proteger, que objetiva conscientizar profissionais, familiares e educadores sobre os problemas de violência relativa às crianças e adolescentes.

Modelo nacional

O protocolo de atendimento sugerido na reunião poderá virar protocolo de atendimento único em todo o país, segundo Adriana Accorsi.  A deputada estadual pretende levar até a presidenta Dilma Rousseff a reivindicação da criação do documento obrigatório, com o objetivo de garantir que às crianças e adolescentes vítimas de violência tenham acompanhamento psicológico familiar.  

Também participaram da reunião os assessores do gabinete da deputada Adriana Accorsi; a psicóloga Aliciana Freitas; as delegadas Paula Meotti e Fabiana Mancuso, de Goiânia, e Cyntha Costa, de Anápolis, e os delegados Marcus Brenes, de Luziânia, André Medeiros, de Porangatu, e Daniel Oliveira, de Trindade.  Atualmente, existem 14 Delegacias de Proteção a Criança e ao Adolescentes, em Goiás.

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